12.4.15

A Visão Yogi da Respiração... num Piscar de Olhos


Sabemos que um estímulo produzido na mente pelos objectos dos sentidos reflecte-se na nossa respiração. O mesmo acontece quando surge uma recordação, um pensamento ou emoção que vem do nosso interior. Por essa razão podemos dizer que a respiração é o elo de comunicação entre o nosso interior e o mundo exterior, entre o corpo e a mente. Sabemos também que respirar é um processo semi-voluntário. 
Então será que podemos interferir conscientemente nos ritmos respiratórios e com isso interferir nos processos mentais? Será que o desenvolvimento mental representa o potencial máximo das capacidades do ser humano? Ou existe uma fonte de conhecimento maior situada além da mente?

Aproveito para deixar-vos algumas citações:

“O conhecimento da natureza da expiração (rechaka) liberta a mente da ilusão, do eu aparente enraizado no ego. A verdadeira inspiração (púraka) é a realização da natureza do ser puro (átma).” Aparokshanubhuti, de Adi Shankarachárya

“A inspiração é responsável pela produção e harmonia dos ingredientes essenciais do corpo, enquanto que a retenção melhora a conservação da vida que é realizada com a suspensão da respiração. A expiração destrói todos os males da mente e impurezas do corpo e o praticante alcança o estatuto de Yogi. Assim, depois da expiração o praticante deve permanecer firme e repetir a prática, de forma ritmada e com profunda concentração.” Shiva Svarodhaya (377, 378)

“Quando o Prána do Yogi se expande lenta e adequadamente, ele têm a Consciência de que tudo é o mesmo, têm a Consciência da Unicidade.” Shiva Sutra

Boas Reflexões e Auspiciosas Práticas!

Abraço, 
Gonçalo Correia

5.10.14

Retiro Yoga na Realidade do Dia-a-Dia Com Gonçalo Correia e Marco Peralta 31 de Janeiro, 1 e 2 de Fevereiro


Conhecemo-nos em 2004 na Índia, numa altura das nossas vidas em que não havia nada mais a fazer senão praticar e estudar Yoga. Dez anos depois cá estamos com família, filhos, etc. Para nós o Yoga, enquanto filosofia, prática, cultura ou modo de vida é dinâmico na sua natureza pois atravessou o tempo, adaptando-se, por vezes mudando de forma, contudo transportando sempre em si a sua Essência. É um privilégio poder partilhar convosco este tema que tem um significado especial para nós, num fim de semana de intensa prática de Yoga e reflexão.

Programa*:

Sexta
17h – Chegada dos participantes
18h30 – Prática: asana, pranayama, yoganidra e meditação
20h – Jantar
21h30 – Satsanga e Meditação: Yoga na realidade do dia-a-dia
             
Sábado
8h00 – Prática: kriya, asana, pranayama, bija mantra, yoganidra e meditação
9h30 – Pequeno Almoço
11h – Conversa e Prática: Pratyahara, o elo esquecido do Yoga
13h – Almoço e Descanso
16h – Conversa e Prática: Yoga Acontece
18h30 – Prática: mudra, pranayama e meditação
20h – Jantar
21h30 – Satsanga e Meditação
         Yoga: Conceito e Contexto Actual e Contexto Eterno (Universal)

Domingo
8h – Prática: surya namaskar, drishti, pranayama, relaxamento e meditação
9h30 – Pequeno Almoço
11h – Caminhada na natureza: Ajapa japa
13h – Almoço
15h – Conversa: A Ilusão do Yoga
16h – Chakra Sadhana de Encerramento

* o programa previsto pode sofrer alterações

________________________

Local: Casa de Serdeiredo, Penha Longa, Marco de Canaveses



Valor: 165 euros para inscrições até 7 de Janeiro
          185 euros para inscrições depois do dia 7 de Janeiro

Inscrições e mais Informações:
Pç. Guilherme Gomes Fernandes 38, 3º B, Porto
966 437 244 | yogakshetraporto@gmail.com

4.10.14

Jñana Ashtanga: os Oito Membros do Conhecimento*

Sri Ramana Maharishi

O jñana ashtanga aqui referido é retirado do Vichara Sangraham. Tudo indica que esta seja a primeira obra alguma vez escrita por Sri Ramana Maharishi por volta de 1901 quando tinha apenas 22 anos. Nessa altura, vivia na gruta Virupaksha na montanha sagrada de Arunachala. 
A obra surgiu a partir das questões que lhe foram colocadas por um certo número de discípulos que se reuniam à sua volta, apesar da sua tenra idade já era um reconhecido Mestre. Suas respostas são directas, maduras, profundas e práticas, e trazem clareza às questões do caminho da investigação sobre o Ser ou Verdadeiro Eu.
   
Questão: Quais são os oito membros do conhecimento (jñana ashtanga)?

Ramana Maharishi: Os oito membros (ou etapas) são aqueles que já foram referidos, a saber, yama, niyama, etc., mas definidos de modo distinto:

1 – Yama: Este é o controlo do conjunto dos orgãos dos sentidos, compreendendo os defeitos presentes no mundo nomeadamente no corpo, etc.
2 – Niyama: Este é manter o fluxo dos modos mentais relacionados com o Ser e rejeitando os outros modos contrários. Por outras palavras, isso significa que o amor surge ininterruptamente pelo Ser Supremo.
3 – Asana: Aquilo, que com a sua ajuda, torna possível a meditação constante no Brahman com facilidade é Asana.
4 – Pranayama: Rechaka (expiração) é a remoção dos dois aspectos irreais, o nome e a forma, dos objectos que constituem o mundo, o corpo, etc., puraka (inspiração) é  conhecer os três aspectos reais, existência, consciência e bem-aventurança, que são constantes nesses objectos, e kumbhaka é manter esses aspectos anteriormente conhecidos.
5 – Pratyahara: Isto é impedir que o nome e a forma que foram removidos voltem a entrar na mente.
6 – Dharana: Isto é fazer com que a mente fique no Coração, sem que se volte para fora, e realizar que o próprio Ser é Existência-Consciência-Bem-Aventurança. 
7 – Dhyana: Isto é meditação na forma ‘Eu sou apenas consciência pura’. Ou seja, depois de deixar de lado o corpo que é composto por cinco bainhas, interrogo-me ‘Quem sou Eu?’, e como resultado disso, permaneço como o ‘Eu’ que resplandece enquanto o Ser.
8 – Samadhi: Quando a ‘manifestação do Eu’ também cessa, surge a experiência directa (subtil). Isso é o samadhi.

Quanto ao pranayama etc., detalhado aqui, as disciplinas como o asana, etc, mencionadas com relação ao yoga não são necessárias. Os membros do conhecimento podem ser praticados em todos os lugares e em todos os momentos. Do yoga e do conhecimento, pode-se seguir o que fôr mais agradável para si, ou ambos, de acordo com as circunstâncias. Grandes professores dizem que o esquecimento é a raiz de todo o mal, e é a morte para aqueles que buscam a libertação, assim deve-se repousar a mente no seu próprio Ser, sem nunca esquecê-lo: este é o objectivo. Se a mente for controlada tudo o mais pode ser controlado. A diferença entre yoga com oito membros e conhecimento com oito membros foi definida elaboradamente nos textos sagrados; assim apenas o essencial deste ensinamento foi aqui dado.

 * tradução a partir do inglês para o português por Gonçalo Correia


9.1.14

Prática Intensiva de Yoga | Yoga Ashram | 9 de Fevereiro 2014




Domingo, dia 9 de Fevereiro, vou orientar uma prática de Yoga no Yoga Ashram em Carcavelos
A aula tem início às 15h e duração 2h30. Todos são bem-vindos independentemente da experiência que têm de Yoga.

Contactos para Inscrições e + Informações:
Av. General Eduardo Galhardo, 343, Carcavelos
Tel. 214 581 510 / Tm. 965 407 808 / 967 830 210 / 936 415 018
yoga.yogaashramcarcavelos@gmail.com
www.yogaashram.net

2.12.13

Curso de Formação em Yoga (Porto) Abril a Novembro de 2014

Inscrições Abertas!



  Mais Informações em: www.yogakshetra.blogspot.com
                                             yogakshetraporto@gmail.com 

2.10.13

Yoga Vasistha


Diálogo entre Brahmarishi Vasistha e o Príncipe Rama sobre a Doença (Vyadhi e Adhi) e suas Causas


Por Gonçalo Correia

O Yoga Vasistha

Muitos associam o nome Vasistha a um ásana com o mesmo nome: o Vasisthásana (ardha-vasisthásana na foto em baixo). Porém, talvez desconheçam que esta postura é dedicada em homenagem ao sábio, guru do príncipe de Rama e de seus irmãos. É com a intenção de dar a conhecer um pouco mais sobre Vasistha e os seus ensinamentos que escrevo este texto.
A história do encontro entre Vasistha e Rama pode ser conhecida no Yoga Vasistha, também conhecido por Jnana Vasistham, um tratado onde podemos ‘beber’ dos seus ensinamentos. 
O livro encontra-se dividido em seis secções: vairagya prakaranam (sobre o desapego), mumukshu prakaranam (sobre o comportamento do buscador), utpatti prakaranam (sobre a criação), sthiti prakaranam (sobre a existência), upasanti prakaranam (sobre a dissolução ou quietude) e nirvana prakaranam (sobre a libertação definitiva).
...Na cidade de Ayodhya, no norte da Índia,  podemos visitar um bonito templo, o Vasistha Mandir, que representa o gurukula onde os príncipes viveram, estudaram e aprenderam com este grande mestre.

As instruções transmitidas são muito úteis não só para o estudante de Vedanta como também para o hatha yogi.

Mas quem são aqueles realmente qualificados para estudar esta escritura?

É referido no início deste shástra que o diálogo é dirigido a todos aqueles que sentem suas limitações mas ao mesmo tempo querem ser livres. Que não são totalmente ignorantes mas também não são iluminados. “
  
O diálogo que se segue é um excerto retirado da 6ª secção (nirvana prakaranam).

Diálogo entre Vasistha e Rama sobre sobre a Doença (Vyadhi e Adhi) e suas Causas

“(...) Rama perguntou:
O que são as doenças (vyadhi), e o que são os distúrbios psíquicos (adhi)  e as condições degenerativas do corpo? Peço-lhe por favor, que me esclareça sobre estes assuntos.
Vasistha continuou:
Adhi e vyadhi são fontes de sofrimento. A sua prevenção  é a felicidade, a sua interrupção é a libertação. Por vezes elas surgem juntas, às vezes originam uma à outra, e outras vezes ainda elas se sucedem. A doença física é conhecida por vyadhi, e o distúrbio psíquico causado pelo condicionamento psicológico (neurose) é conhecido por adhi. Ambas estão enraizadas na ignorância e na maldade. Elas cessam quando o auto-conhecimento ou o conhecimento da verdade é obtido.
A ignorância dá lugar à ausência de auto-controlo, e assim é-se constantemente invadido por ‘gosto’ e ‘não gosto’, e por pensamentos tais como ‘eu conquistei isto, eu ainda tenho que conquistar aquilo’. Tudo isto intensifica a ilusão e conduz aos distúrbios psíquicos. 
As doenças físicas são causadas pela ignorância, e simultaneamente, pela ausência total de restrição mental, o que leva a hábitos alimentares e de vida impróprios. Outras causas incluem actividades inoportunas e irregulares, hábitos pouco saudáveis, más companhias e pensamentos perversos. Elas também são causadas pelo enfraquecimento, agitação ou obstrução das nadis, impedindo assim o fluxo livre da força vital (prana). Por último, elas são causadas por um ambiente pouco saudável. Todos elas são, evidentemente, determinadas pelos frutos das acções passadas, realizadas num passado próximo ou distante.
Vasistha continuou:
Todos estes distúrbios psíquicos e doenças físicas surgem a partir dos quíntuplo elementos. Vou agora dizer-te como é que elas deixam de existir. As doenças físicas são de dois tipos: comuns e sérias. A primeira surge devido a causas do quotidiano, enquanto que a segunda é congénita. A primeira é corrigida através de meios terapêuticos medicinais, adoptando também uma atitude mental adequada. Mas o segundo tipo de doença (sérias), assim como os distúrbios psíquicos, não terminam até que o auto-conhecimento seja obtido. A cobra que é vista na corda apenas morre quando a corda é novamente vista como corda. O auto-conhecimento leva ao fim de todos os distúrbios físicos e psíquicos. Contudo, as doenças físicas que não são psicossomáticas podem ser tratadas com o auxílio de medicação, orações, e pela acção correcta, como também por banhos. Todos estes  têm sido descritos nos tratados médicos.
Rama perguntou:
Peço-lhe por favor, diga-me como é que a doença física surge dos distúrbios psíquicos, e como é que pode ser tratada por outros meios que não recorrendo à medicina. 
Vasistha continuou:
Quando há confusão mental, o nosso caminho não é compreendido com clareza. Incapaz de ver o caminho à sua frente, o caminho errado é seguido. Assim, e devido a esta confusão, as forças vitais são agitadas fluindo ao acaso ao longo das nadis. Como resultado disso o prana é esgotado em algumas nadis enquanto que noutras encontra-se bloqueado.
Depois seguem-se os distúrbios no metabolismo, indigestão, apetite excessivo, bem como funcionamento impróprio do sistema digestivo em geral. O alimento ingerido transforma-se em veneno. O movimento natural dos alimentos dentro e através do corpo é detido. Isto dá origem a várias doenças físicas.
É assim que os distúrbios psíquicos levam a doenças físicas. Assim como myrobalan é capaz de movimentar os intestinos, certos mantras como ya, ra, la, va, também podem curar esses distúrbios psicossomáticos. Outras medidas a adoptar são acções auspiciosas e de natureza pura, o serviço a homens santos, etc. Através destes, a mente torna-se pura, e uma grande alegria brota no nosso coração. O fluxo das forças vitais ao longo das nadis passa a fluir como deveria (ou seja, correctamente). A digestão torna-se normal e as doenças cessam. (...)” 

...As duas passagens seguintes também fazem parte da 6ª secção (nirvana prakaram). Os temas de reflexão (mananam) são o auto-conhecimento, o domínio da força vital (prana) e a causa da iluminação, já referidos por Vasistha directa ou indirectamente no diálogo anterior. 


Os dois tipos de Yoga

Vasistha disse:

“O auto-conhecimento é um tipo, o domínio da força vital é o outro. Embora o significado de yoga se refira ao segundo tipo, ambos os métodos conduzem ao mesmo resultado. Para uns, o auto-conhecimento pela investigação e reflexão (vichára) é difícil, enquanto outros consideram o yoga como sendo o mais difícil. Mas a minha convicção é que o vichára é mais fácil para todos, simplesmente porque o auto-conhecimento é aquela verdade sempre presente em nós.” 

O guru e o discípulo

Nesta passagem, shrí guru Vasistha conta a shrí Rama o episódio em que a rainha Cúndálá coloca esforços no sentido de trazer o auto-conhecimento e iluminação ao rei, seu marido. Ele, indiferente, permaneceu ignorante.
“(...) Rama perguntou:
Se até mesmo uma siddha-yogini tão grandiosa como a rainha Cúndálá não pôde trazer o despertar espiritual e iluminação ao rei Sikhidhvaja, como se pode afinal obter a iluminação?
Vasistha respondeu:
A instrução dada a um discípulo pelo seu mentor faz parte da tradição, no entanto  a causa da iluminação reside na pureza da consciência do discípulo. Não é pelo ouvir, nem por actos justos que o auto-conhecimento é alcançado. (...)”


Tradução livre dos excertos,
 do inglês para o português  por Gonçalo Correia
a partir do livro “The Supreme Yoga”, Swami Venkatesananda

Anatomia e Fisiologia:


Reflexão sobre a Relevância do seu Estudo no Contexto da Prática de Yoga

Gonçalo Correia

Ao reflectirmos sobre a relevância e importância do estudo da anatomia e fisiologia do ser humano no contexto do Yoga sádhana, é interessante começar por enumerar algumas das suas vantagens mais evidentes. Elas são:

1.      Prevenir e tratar lesões;
2.      Detectar precocemente ‘vícios’ que poderiam levar a uma prática incorrecta;
3.      Utilizar uma linguagem clara e ao mesmo tempo simples, durante a descrição das técnicas de yoga;
4.      Ganhar familiaridade com os termos técnicos básicos dos livros de anatomia e fisiologia, para facilitar o estudo e consulta dos mesmos.

Por vezes o praticante de yoga em busca de um entendimento mais profundo (por exemplo, sobre como respirar correctamente no pranayama, sobre se se deve meditar de olhos abertos ou fechados, etc) procura em diferentes escolas esclarecimento. Essa  busca é positiva se o levar a  identificar aqueles aspectos essenciais e comuns a todas essas metodologias ou escolas. Chamar-lhe-emos de aspectos universais pois ao identificá-los realizamos o poder das técnicas. Neste contexto, estudar anatomia e fisiologia segundo uma perspectiva yoguica, aliado a um sentido prático da vida, é com certeza um bom contributo.

O ponto de partida no nosso estudo é perceber qual é a função ou dever do osso e do músculo, qual é a função da articulação, etc. Isso é o que chamamos de dharma do corpo humano: os princípios reguladores que mantêm o equilíbrio, bem-estar e a saúde do nosso corpo. Por sua vez o sucesso do karma (acção e frutos das acções) depende do dharma (função, dever). Por exemplo, se cada uma dessas partes cumprir a sua função, ao entrar, permanecer e sair do ásana vamos sentir estabilidade e conforto. Estabilidade e mobilidade corporal são funções atribuídas ao aparelho músculo-esquelético, a base de sustentação do nosso corpo. De uma forma geral, a anatomia e fisiologia contribui para entender o dharma ou funções dos diversos sistemas do corpo. E isso tem um grande impacto quer na nossa prática diária quer num contexto de sala de aula. No caso do professor de Yoga, depara-se inevitavelmente com alunos com diversas situações, como má circulação sanguínea, artrose, dores de cabeça, ansiedade, fadiga mental ou ainda outro tipo de patologias. O estudo aliado à nossa experiência pessoal do Yoga torna não só mais fácil e metódico como também intuitivo lidar com este tipo de problemas. Permite-nos, por exemplo, adaptar e ensinar de forma personalizada os ásanas, as técnicas de pranayama, relaxamento ou de meditação. Enfim, isto só para citar algumas das técnicas de yoga mais conhecidas. A ideia é que o yoga possa ser praticado por todos aqueles que tenham vontade independentemente da condição física e mental de cada pessoa.
E já que estamos a falar de Yoga convém referir que as medicinas e terapias orientais como o Ayurveda procuram promover o equilíbrio geral na vida do indivíduo. Ou seja, em vez de focarmos no combate da doença vamos antes promover a saúde e adquirir hábitos saudáveis. Por outras palavras, em vez de pensarmos em ‘combater o cancro da pele’, porque não ‘promover a saúde cutânea’? É uma questão de perspectiva mas que pode sem dúvida fazer muita diferença!

Colocar-se como espectador (sakshi) no próprio sádhana é fundamental até chegar ao ‘o que fazer, como fazer e quando fazer’. Devemos ser sensíveis a isto e não buscar receitas.

Em suma, o mais importante é estudar, digerir, voltar a estudar, ... e ir digerindo. Após um período de algum estudo acredito que muitos estarão já aptos a responder a questões do género das que se seguem, entre muitas outras. Que funções  desempenham os músculos para além do movimento? Porque é que no pádmasana devo trabalhar a flexibilidade da anca e não do joelho? Qual o impacto da postura corporal correcta em relação ao efeito fisiológico dos ásanas? E entre a activação muscular, a circulação e drenagem linfática? O sistema nervoso é o principal centro de comando do corpo. Em que elementos é que se baseia para tomar as suas decisões? Porque é que as hérnias discais surgem na maioria dos casos no fim da cervical ou no fim da lombar? Qual a influência da parte voluntária do corpo na involuntária?

Estudar o corpo humano de uma forma sistematizada abre a nossa percepção e entendimento. Lembrem-se que o primeiro nível de qualquer tipo de yoga é descrito na Hatha Yoga Pradipika por Svatmarama como arambha avastha, o estágio dos benefícios fisiológicos: forte apetite, boa digestão, alegria, uma imagem bonita, grande coragem, entusiasmo e força plena. No Yoga Sutra, Patañjali refere que a doença (vyadhi) e inércia (styana) causam inquietação mental que nos impedem de nos conhecer verdadeiramente, como realmente somos. E isto é muito prático. Na vida temos que o ser. Se não tivermos saúde e se não cuidarmos minimamente do corpo, não será possível seguir na caminhada que é o Yoga.

Ao longo dos mais de 11 anos de ensino ainda me continuo a surpreender com o impacto positivo que o Yoga tem na vida das pessoas, enquanto contributo para a melhoria da qualidade de vida (saúde e equilíbrio mental em geral) daqueles que o praticam como também no sentido de expandir a visão de si mesmos.

O estudo da Anatomia e Fisiologia no contexto do Yoga é apenas o início, a ponta do icebergue. o Yoga vai bem mais além, o foco não é esse. Quer na Hatha Yoga Pradípika como na Shiva Samhita, além do arambha avastha (o estágio dos benefícios fisiológicos) é referido que toda a prática de Yoga abrange mais 3 etapas. O Yoga Sutra não foge à regra. Para além da doença (vyadhi) e da inércia (styana) são enumerados mais sete obstáculos (de carácter mental, intelectual e espiritual). Além destas, são referidas mais quatro causas que advêm das distracções prévias.

Desejo-vos boas reflexões e principalmente inspiração e sucesso na vossa prática de Yoga diária.


16.6.13

Satsanga e Kirtan - 21 de Junho às 19h no Yoga Kshetra


No próximo dia 21 de Junho, sexta-feira às 19h teremos um Satsanga (encontro, com conversa sobre Yoga e Vida) e Kirtan (mantras), com os nossos queridos amigos e colegas Marco e Geni.
Gostaríamos de contar com a vossa presença.
Para prolongar o convívio, propomos que tragam algo vegetariano para partilhar ao jantar.

O encontro é aberto a todos, e por donativo livre.
Os donativos revertem para o tratamento do Gaspar.
+Info: https://www.facebook.com/PassoAPassoVamosPorOGasparAAndar
Confirma a tua presença!

Yoga Kshetra
Pç Guilherme Gomes Fernandes 38, 3ºB
(junto aos Leões) Porto
966 437 244 ou 960 166 304
yogakshetraporto@gmail.com

15.3.13

Curso de Formação em Yoga a começar no Porto em Abril 2013


Uma perspectiva pessoal sobre a Tradição do Yoga

Entrevista de António Matos a Gonçalo Correia


As perguntas que se seguem foram colocadas pelo colega António Matos, no âmbito de um trabalho para a cadeira de Introdução às Religiões da Ásia, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. As questões seleccionadas incidem sobre o Hatha Yoga em particular, sua origem e objectivo final, relação com outros tipos de Yoga como Raja e Jñana, a Tradição num contexto contemporâneo, etc. Tentei responder de forma clara e segundo a minha própria vivência. Espero que as respostas vos possam ser úteis e sejam esclarecedoras de algumas questões que possam ter.  
Você está formalmente ligado a alguma sampradaya tradicional com raízes na Índia, e a alguma instituição yogica no ocidente?
Num determinado Satsang no Yoga Hall do Shivananda Ashram, com vista para o rio Ganges, um indiano pediu ao Swami Muktananda ji para ser iniciado como seu discípulo. O swami ji respondeu-lhe que se ele praticasse os seus ensinamentos, se dedicasse um momento do dia para a interioridade, para a meditação então tornar-se-ia seu discípulo. Não seria, portanto, necessário formalizar a iniciação. 
Sei que existem gurus genuínos que não iniciaram formalmente nenhum discípulo. Estou ligado a alguns yogis, que com o seu olhar, ensinamentos e presença me inspiraram. Não estou ligado a nenhuma instituição yogica no Ocidente.   

Hatha yoga é o "yoga da harmonia do Sol e da Lua (+ e -)" ou é o "yoga da força/violência"? Como definiria Hatha Yoga?
Hatha Yoga é o Yoga da harmonia de Ha (sol) e Tha (lua), pingala e ida, prana e citta, acção e observação. Mas também simboliza a dissolução de citta no Atma com o despertar da Kundalini Shakti (Atmashakti) a Energia Criativa do Ser.
Para mim o Hatha Yoga tem sido aquele aspecto do Yoga com o qual me preparo para receber os estados meditativos de uma forma mais consistente e natural. O Yoga não cria nada de novo mas conduz a uma percepção mais clara e dá-nos confiança para compreender a Realidade Imutável, aquilo que sustenta a vida.

Podemos estabelecer uma relação de criação e pertença do Hatha Yoga à Nath Sampradaya?
O que eu sei é o que dizem os shastras. É dito que foi Shiva quem transmitiu o Hatha Yoga a sua primeira aluna, a esposa Parvati. Os Tantra shastras muitas vezes aparecem sobre a forma de diálogo entre Shiva e Parvati. No Hatha Yoga Pradipika está escrito que foi Adhinath (Shiva) quem primeiro ensinou o Hatha Vidya. Svatmarama seu autor refere que aprendeu com os mestres Matsyendranath e Gorakshanath. Diz também que alguns dos asanas descritos foram adoptados por yogis como Matsyendranath e munis como Vasishtha. Ora, Vasishtha era um famoso Jñana Yogi, a quem se atribui um tratado intitulado Yoga Vasishtha. Isto prova que os asanas são importantes no contexto não só do Hatha Yoga mas também de qualquer Yoga Sadhana.


O Hatha Yoga é mais baseado em tradição (oral) ou em literatura escrita? Qual a literatura fundamental do Hatha Yoga?
Não há dúvida de que a literatura escrita é importante e uma referência mas aquilo que de mais profundo aprendi não só sobre Hatha Yoga como em Yoga em geral, foi em ambiente de satsanga.
Aqueles com os quais estou mais familiarizado são o Hatha Yoga Pradipika, Gheranda Samhita, Shiva Samhita e Goraksha Shataka. Existe também um livro muito interessante, o Bhavartadipika, que é um comentário à Bhagavad Gita e cujo autor é Jñanesvari, reconhecido poeta e hatha yogi, jñani e bhakta.

Qual a relação entre Hatha Yoga e Yogasutras (atribuídos a Patañjali)?
O caminho do Hatha Yoga é a via do Prana. O Patañjala Yoga ou Yoga Darshana é a via de Citta (mente interior ou consciência). Ambos se complementam. O tema é o mesmo, contudo a perpectiva é diferente. Svatmarama ensina-nos a arte e ciência da “respiração” (convergir o prana) por sushumna nadi (sushumna nirodha). Enquanto Patañjali expõe a arte de suprimir as flutuações (vritti nirodha) da mente. Em ambos os casos, pretende-se expandir a consciência e conhecer-se além dos limites da mente (atmajñana).

O Hatha Yoga é completo em si mesmo como caminho de libertação, ou carece de Raja yoga e Advaita Vedanta (jñana yoga)?
Não há dúvida que cada caminho tem práticas e filosofia próprias. Mas é também necessário ver que o Hatha Yoga, o Raja Yoga e o Jñana Yoga estão interligados. Todos apontam no sentido de reconhecermos aquilo que somos realmente. É difícil dizer onde começa um e termina o outro.
É dito claramente no Hatha Yoga Pradipika que o Hathayogavidya (Hatha Yoga) é como uma escada e um meio para a realização do Raja Yoga. Raja significa ‘real’, ‘rei’, ou citando Sri BKS Iyengar ji, Raja é o Ser (Atma). Este tipo de Yoga é dirigido àqueles que vagueiam na escuridão da diversidade de opiniões, incapazes de seguir o Raja Yoga. No quarto capítulo Svatmarama salienta que aqueles que não conhecem o Raja Yoga e praticam apenas o Hatha Yoga desperdiça a sua energia inutilmente. Todos os tratados enumerados anteriormente contêm ensinamentos de Raja e Jñana Yoga.

Qual o objectivo final do Hatha yogin, e como alcançá-lo? Samadhi é o culminar do processo yogico, e uma experiência momentânea de esclarecimento acerca do Ser, ou é a libertação final, e sempre presente? Como compreender samadhi e moksha neste contexto?
Antes de mais o objectivo do Yoga é tornar-me um ser humano melhor, mais consciente e com um estilo de vida sattvico. Mas para termos sucesso é também necessário viver de acordo com os princípios do Yoga, ter senso comum e cumprir com o seu dharma. Depois podemos pensar em samadhi e moksha enquanto objectivo. 

Hatha yoga tradicional e saúde/terapia estão ligados?
Saúde é algo de muito genérico. Pode ser física, mental, emocional, etc. Voltemos aos Hatha Yoga Shastras. Os asanas são o primeiro passo e praticam-se para se obter flexibilidade, saúde, energia e estabilidade. A descrição posterior dos asanas e respectivos benefícios refere-se também à purificação das nadis, à união do prána com apana, ao despertar da kundalini, etc. Temos que ser práticos. Se não tivermos saúde e se não cuidarmos mínimamente do corpo, não será possível seguir na caminhada que é o Yoga. A doença (vyadhi) e apatia (styana) são obstáculos ao yoga sadhana, causam inquietação mental.

O Hatha yoga tradicional como caminho de libertação é possível fora de uma estrutura monástica e iniciática, com dedicação intensiva e exclusiva?
Já referi na pergunta 3 que a iniciação pode não acontecer de uma forma formal. O mais importante é que a busca seja sincera e haja determinação. Se o sadhaka fôr paciente, mais cedo ou mais tarde vai se cruzar com yogis genuínos que o reconhecem, ajudam e instruem, independentemente de ele pertencer a alguma tradição ou ser iniciado. A pureza do coração do sadhaka conta muito. Todos estes factores juntos potenciam a sua caminhada.
No Yoga como caminho da libertação, os períodos em que o yogi se dedica exclusiva e intensamente ao sadhana, 1 vez por ano, por exemplo, são benéficos. Mas isso serve de pouco se não houver sadhana regular, diário, especialmente se se trata de um professor de Yoga. As opiniões são diversas, mas não nos esqueçamos que maiores que os obstáculos externos, são os internos, os que estão na mente e que nos acompanham para todo o lado. Yogi é aquele que se conquistou a ele próprio, onde quer que ele esteja, vive em paz.

O Hatha yogin tradicional é necessariamente vegetariano e abstémio? Qual a importância do vegetarianismo?
Da última vez que estive na Índia tive oportunidade de estar com um Yogi amigo que por coincidência abordou esse assunto. Ele dizia que o alho não deve ser usado como alimento e sim como medicamento pelas suas propriedades, o café é um estimulante mas muita gente bebe dois, três, quatro cafés como se fosse uma bebida. Em relação às bebidas alcoólicas, ajudam a digerir a carne e alimentos pesados. Ele é swami e vegetariano desde nascença, mas fala abertamente e com clareza sobre este tema.
Penso que o processo deve ser natural, uma escolha sincera, não imposta por outros e muito menos para nos inserirmos e sermos aceites em determinados grupos de pessoas ou instituições, sejam eles ligados ao Yoga, à Religião, Ecologia, etc. É necessário discernir e sentir o que apoia e promove o sadhana, e o que se opõe, e se as nossas opções vão ao encontro daquilo que queremos viver. O Yoga não condiciona, liberta.

Como vê as diferenças entre uma vida de Hatha yogin tradicional, renunciante, iniciática, e o hatha yogin contemporâneo ocidental, que faz cursos de formação (inclusive profissionais), workshops de especialização e aulas de yoga com vários professores?
Actualmente temos no Ocidente um acesso incrível ao Yoga e ao Conhecimento. Temos muito bons professores a ensinar, com dezenas de anos de experiência. Tudo está muito mais disponível e isso é positivo. Mas também possibilita, simples praticantes ou até mesmo professores, a acumular cursos e experiências, de um modo puramente superficial e conhecimento ao nível mental sem que seja realmente compreendido, digerido e realizado aquilo que é transmitido. E isso não é positivo. Primeiro que tudo somos praticantes (sadhakas) e devemos colocar-nos nessa posição em primeiro lugar. Enquanto professores devemos ensinar a partir daquilo que digerimos e é a nossa experiência. Vou dar um exemplo: se faço um intensivo de 2 semanas, 5 horas por dia, com o Swamiji (Rudra Dev) que estuda e pratica à 35 anos com o mesmo guru, com toda a sua experiência de vida, quanto tempo preciso para compreender e digerir aquilo que me ensina?
Na minha opinião podemos experimentar diferentes métodos, fazer workshops, etc, mas é preferível e mais fácil se estudarmos e formos acompanhados pelo mesmo professor pelo menos durante uns anos. Nesse tempo estabelecem-se laços que vão além do ensino das técnicas e muito do conhecimento do que é o Yoga é transmitido no silêncio. A relação de confiança entre o professor e o aluno cria espaço para um acompanhamento mais personalizado.          

Granthis, Chakras, nadis e Kundalini são linguagem simbólica ou correspondem a realidades psico-físico-energéticas?
Granthis, Chakras, nadis e Kundalini são realidades percebidas através da prática, pela sua experiência directa.

E prana/pranayama?
Prana é força vital, a energia da vida. A respiração e circulação é a sua manifestação externa (sthula). O Pranayama diz respeito à expansão e distribuição do prana através de técnicas respiratórias. O prana é influenciado de forma negativa ou positiva pela qualidade das nossas actividades diárias, relações, tendências mentais e emocionais, alimentação, etc. Isso reflecte-se primeiro no corpo subtil e conjunto de nadis, granthis e chakras, e depois ao nível da nossa saúde e vitalidade geral. O pranayama trás firmeza ao corpo e conduz a introversão dos sentidos e da mente (pratyahara) indispensável para limitarmos a actividade mental (dharana) e mergulharmos na essência das coisas através da meditação (dhyana).

O mais importante é a postura física ou a respiração (pranayama) e atitude interior (bhava, visualizações, meditação, etc.)?
Todos estes aspectos estão interligados e comunicam entre si. Uns conduzem aos outros.

Como avalia a actual variedade de asanas, com muitos trikonasanas e outras posições, e muitos vinyasas, que não aparecem nos shastras?
A Tradição é dinâmica, pois mantém a sua essência, mas a forma como é transmitida  pode mudar porque o mundo está sempre em mudança. Para entender isso basta conhecer a vida de grandes yogis como o Sri Ramakrishna, Swami Sivananda, Krishnamacharya, etc.

O Hatha yogin contemporâneo ocidental, deve ter algum papel activo e responsável na sociedade?
Todos os Yogis sejam eles de qualquer parte do mundo, têm um papel activo e responsável na sociedade. Mesmo os sadhus que vivem nas grutas estão em contacto com o mundo. Eles recebem visitas, dão conselhos práticos sobre a vida, ensinam, etc.  

6.7.12


Curso de Formação em Yoga (Porto) 
Abril a Outubro de 2013
 
Dirigido pelo prof. Marco Peralta (Senior Yoga Teacher) e com a participação de professores convidados.

Datas e Horários:

Carga Horária:
200 Horas (mínimo)

Duração:
7 meses – Abril a Outubro de 2013

Horário:
Sábados das 14h às 19h e Domingos das 10h às 19h
Abril: dias 13 e 14 e dias 27 e 28
Maio: dias 11 e 12 e dias 25 e 26
Junho: dias 8 e 9 e dias 22 e 23
Julho: 6 e 7 e dias 20 e 21
Agosto: dias 3 e 4
Setembro: dias 7 e 8 e dias 21 e 22
Outubro: dias 5 e 6 e dias 19 e 20


Bem vindo/a a esta formação em Yoga.

Para mim um dos aspectos mais importantes ao dar estas formações
é sempre a expressão individual de cada praticante. Sinto que cada
pessoa que começa a praticar Yoga e mais tarde decide ensinar e
partilhar a prática, já traz essa semente em si. Esta formação mais do
que nos formar e formatar, têm como intenção regar essa semente e
fazer despertar em cada um o seu próprio Yoga, pois apesar dos
vários Estilos e Tradições a expressão é sempre individual, pessoal e única.

Ensinar Yoga requer algum conhecimento prático, estudo e
experiência direta daquilo que se ensina. As aulas de formação
vão cobrir todos os tópicos necessários a esse conhecimento e
experiência, desde a música que se pode usar nas práticas até
ao comportamento ético do professor com os seus alunos.

A intenção é formar Instrutores de Yoga que ensinem de forma
segura, esclarecida, inspiradora e com confiança, partindo da
sua própria experiência, estudo e conhecimento de si mesmos.

O curso é intensivo e encorajo todos os formandos a uma dedicação
aos objectivos e princípios da formação, para que possam
ensinar Yoga ao mais alto nível profissional.

Marco Peralta
(Coordenador do curso)

Programa de Estudo e Prática
TREINO E PRÁTICA
> Ásana (estudo e prática dos ásanas fundamentais,hatha yoga,surya namaskar, tantra, vinyasa, alternativas para pessoas com limitações e lesões, como evitar lesões e indicações terapêuticas)
> Prática de Ásana
> Pránáyáma
> Bandhas
> Drishtis
> Meditação na tradição do Yoga
> Kriya: Shat Karma
> Yoga suave e restaurativo
> Ajustes e modificações
> Observar e compreender corpos
> Mantra: Kirtan, japa e bija mantras
> Yoganidrá e técnicas de descontracção profunda (pratyáhára e sankalpa)
> Mudrás
METODOLOGIA DE ENSINO
> A linguagem do ensinar as diferentes técnicas
> Trabalhar com iniciantes
> Yoga para praticantes com limitações físicas
> Ensino integrado
> Construindo e montando uma prática de Yoga equilibrada
> Ensino do Ásana
> Modificações e correcções/ ajustes verbais e manuais
> Princípios de demonstração
> Observação
> Estilos de Ensino
> Qualidades do Professor, papéis/funções, ética e responsabilidade de um Professor de Yoga
> Ética do ensino do Yoga
> Arte de criar sequências para criar uma prática de Yoga fluída e equilibrada
> Disposição dos alunos na sala
> Uso de música na prática de Yoga
> Criar habilidade para desenvolver e comunicar uma aula temática que ensine e inspire/ criando conteúdo temático numa aula de Yoga
> Manifestar a sua visão, sonho e ideal como professor profissional de Yoga
> Estabelecer-se com profissional de Yoga/ estabelecer uma carreira como professor de Yoga
> Mercado de trabalho na área do Yoga e as diversas opções
> Aspectos pedagógicos, éticos e legais da profissão de instrutor de Yoga.

HISTÓRIA E FILOSOFIA DO YOGA
>  Significado do termo Yoga
> Introdução às raízes e Historia do Yoga
> Cronologia da evolução do Yoga no Ocidente, professores e circunstâncias que guiaram essa evolução
> Filosofia do Yoga
> Ética do Yoga: Yamas e Nyamas
> Introdução e estudo das principais escrituras do yoga e seus temas centrais (não dualidade e dualidade, Tantra, Samkhya e Vedanta; Shiva Sutras, Upanishads do Yoga, Bhagavad Gita, Ashtavakra Samhita, Hatha Yoga Pradipika, Shiva Samhita, Goraksha Sataka, Gheranda Samhita, Yoga Sutra, etc) e autores contemporâneos de Yoga.
EXPERIÊNCIA PRÁTICA DE ENSINO
> Será colocada grande enfase em preparar o futuro professor de Yoga para a actual experiência prática do ensino.
> Treino prático com os colegas de formação
> Ensino supervisionado
> Assistência no ensino de aulas práticas/Ensino assistido
> Anatomia e Fisiologia do Yoga
> Anatomia Geral
> Anatomia do Ásana
> Anatomia energética e subtil (Chakras, Nádis, Kundalini, Koshas, etc.)
Outro temas a serem estudados e praticados
> Alimentação no Yoga
> Introdução ao Sânscrito
> Manter um diário de sadhana (pratica)
> Construir e desenvolver uma prática pessoal
> Yoga e Gravidez
> Yoga para crianças
> Yoga para Seniores
> Yoga em Dupla
> Tantra
> Karma Yoga, Bakti Yoga, Raja Yoga e Jñana Yoga


Será dada enfase à prática e estudo em casa durante todo o período da formação.

PROFESSORES CONFIRMADOS
> Marco Peralta
> Gustavo Cunha
> Gonçalo Correia
> Vera Mateus
> Tiago Botelho

* Assim que forem confirmados outros Professores, esta página será actualizada.

INSCRIÇÕES e + INFORMAÇÕES:
e-mail: yogakshetra@iol.pt

Telemóvel: 960166304   966437244